Com extensão de 12,8 km e 11 estações, a Linha 4 – Amarela de São Paulo está sendo implantada em duas etapas. A primeira com a construção de seis estações (Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista,República e Luz) e a segunda com as estações intermediárias Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie, além das Estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia. Haverá, ainda, a integração com as Linhas 1 – Azul, 2 – Verde e 3 – Vermelha nas Estações Luz, Paulista e República, respectivamente.

Em maio de 2010, duas estações da Linha 4 entraram em funcionamento, a Paulista e Faria Lima, e até o início de 2011 outras duas serão inauguradas, Butantã e Pinheiros. Dentre as novidades arquitetônicas destas paradas, o que mais impressiona é o arrojo da fachada da Estação Butantã: em aço inox, ela inova e se destaca entre as construções vizinhas na região Oeste de São Paulo.

“Para os acabamentos das estações, o Departamento de Arquitetura do Metrô de São Paulo elaborou diretrizes que preveem o uso de cores e materiais modernos e resistentes para que as estações se tornem marcos urbanos e não desapareçam no tecido da cidade, como aconteceu com as linhas mais antigas”, informam os arquitetos Marc Duwe, Arno Hadlich e Eduardo Velo, da Tetra Projetos, responsáveis pelo projeto das Estações Butantã e Faria Lima.

Assim, nas fachadas destas estações foram utilizados o aço inox, vidro laminado e pastilhas cerâmicas coloridas. Segundo os arquitetos, a opção por estes materiais levou em conta a resistência a ações de vandalismo e custo competitivo. O aço e, principalmente, o aço inox, foi extensivamente utilizado nas estruturas da cobertura, revestimentos de fachada, revestimentos internos, guarda-corpos, suportes para comunicação visual e mapas, no mobiliário, como bancos e lixeiras, e acabamentos de elevadores.

Em especial para a fachada da Estação Butantã, foram estudadas diversas alternativas de materiais e optou-se pelo aço inox por sua durabilidade, resistência a riscos e intempéries e facilidade de manutenção. “Para tanto, foi desenvolvido um sistema de fixação que aproveitasse ao máximo as chapas de aço e evitasse a ondulação da superfície. Este sistema foi testado em laboratório, com pressões e ventos superiores à realidade. Além disso, o aço inox é um material reciclável, resistente, não muda de cor e, principalmente, atendendo as diretrizes da Linha 4 – Amarela criou uma fachada que é um marco na paisagem.”

A arquitetura das estações da Linha 4 – Amarela também valoriza a iluminação natural a partir de grandes claraboias, e o uso de cores visa o bem-estar dos usuários, “ao mesmo tempo em que os materiais resistentes e de fácil manutenção têm como objetivo facilitar a operação da estação”, concluem os arquitetos. (D.P.)

Estação Butantã

Projeto arquitetônico: Marc Duwe, Arno Hadlich e Eduardo Velo (Tetra Projetos)
Área construída: 12.987 m²
A ço empregado: MR25 – ASTM 36
Projeto estrutural: Themag Engenharia / Intentu Engenharia
Fornecimento da estrutura metálica: Sul Metais / Cobertura e claraboia: Construmet
Execução da obra: Consórcio Construtor – CVA / Consórcio da Via Amarela
Local: São Paulo, SP
Data do projeto: 2005
Conclusão da obra: início de 2011

Estação Faria Lima

Projeto arquitetônico: Marc Duwe, Arno Hadlich e Eduardo Velo (Tetra Projetos)
Área construída: 11.739 m²
Projeto estrutural: Figueiredo Ferraz
Execução da obra: Consórcio Construtor – CVA / Consórcio da Via Amarela
Local: São Paulo, SP
Data do projeto: 2005
Conclusão da obra: início de 201